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ToggleMaria Padilha é, sem dúvidas, uma das Pombas-Giras mais veneradas e procuradas nos terreiros de Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Com fama de poderosa feiticeira, seu charme irresistível e seus encantos sobrenaturais fazem com que homens e mulheres recorram a ela em busca de soluções amorosas, vingança ou mesmo para fortalecer sua autoestima e presença pessoal. O que muitos consulentes desconhecem, no entanto, é a história real por trás dessa entidade que, antes de se tornar um espírito reverenciado, viveu como uma mulher de carne e osso, Maria de Padilla, que encantou e conquistou para sempre o coração do Rei D. Pedro I de Castela. Neste artigo, vamos explorar detalhadamente a história, os mistérios e os rituais de Maria Padilha, além de fornecer uma oferenda poderosa para você se conectar com a Rainha da Sedução.

A Origem de Maria Padilha
A História de Maria Padilha
Maria de Padilla nasceu em 1334, na cidade de Palencia, na Espanha. Descendente de uma tradicional família nobre castelhana, ela foi apresentada à corte do rei por João Afonso de Alburquerque, que a trouxe como dama de companhia da rainha-mãe, Dona Maria I, mãe de D. Pedro I. Sua beleza e inteligência logo chamaram a atenção do monarca, que se apaixonou profundamente por ela. Com o tempo, Maria de Padilla não apenas se tornou amante do rei, mas também uma de suas conselheiras mais influentes, ocupando um papel central nas decisões políticas do reino. Diz-se que, apesar de seu status como amante, ela tinha uma presença tão forte que seu nome foi imortalizado no brasão da família real.
Várias lendas afirmam que Maria Padilha utilizava de feitiçaria para manter o rei apaixonado por ela. Uma das histórias mais conhecidas conta que ela usou um feitiço de amor envolvendo um espelho. Diz-se que, ao olhar no espelho enfeitiçado, D. Pedro I foi capturado pela paixão da jovem, ficando permanentemente sob seu encanto. Outra versão sugere que Maria de Padilla foi treinada por um judeu cabalista, que a ensinou os segredos da magia negra, permitindo que ela manipulasse os corações e as mentes daqueles que a cercavam. Independentemente da veracidade dessas histórias, Maria de Padilla se tornou uma figura mística, e após sua morte, ela foi canonizada como Rainha de Castela, um título que simbolizava não apenas seu poder sobre o rei, mas também sua importância na história política da Espanha.
O Casamento de Maria Padilha com D. Pedro I
Uma História de Amor e Poder
O romance entre D. Pedro I e Maria Padilha não foi uma simples aventura amorosa, mas sim uma união marcada por paixão, intriga e escândalo. D. Pedro I, conhecido como “O Cruel” por suas ações impiedosas no campo de batalha e no trono, estava casado com Dona Blanca de Bourbon, mas esse casamento nunca foi consumado. Quando D. Pedro conheceu Maria, ele não hesitou em abandonar sua esposa, que foi posteriormente aprisionada – algumas versões da história sugerem que isso foi resultado de um feitiço lançado por Padilha. Apesar de ser uma relação não oficial, o amor de D. Pedro por Maria era evidente, e eles tiveram quatro filhos juntos, que herdaram o nome Padilla, perpetuando sua linhagem.
Após a morte de Maria, em 1361, D. Pedro mandou enterrar seu corpo com honras reais e declarou publicamente que ela havia sido sua única esposa verdadeira. Esse gesto final de lealdade imortalizou Maria Padilha, que se tornou uma figura central no folclore e nas lendas espanholas, sendo reverenciada como uma poderosa rainha e feiticeira. Nas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e a Quimbanda, a figura histórica de Maria de Padilla evoluiu para a Pomba Gira Maria Padilha, uma entidade que continua a ser adorada por seus atributos de força, sedução e domínio sobre o plano amoroso e espiritual.

A Força da Falange de Maria Padilha
Liderança Espiritual e Poder Feminino
Maria Padilha é reconhecida como chefe de uma falange poderosa na linha de Exu, e sua atuação é marcada pelo poder, sedução e desejo de justiça. Dentro da Umbanda, ela é vista como uma entidade de grande sabedoria e força, capaz de guiar seus filhos e proteger aqueles que a procuram com sinceridade. Maria Padilha atua principalmente nos campos amorosos e de vingança, sendo uma das Pombas Giras mais solicitadas quando se trata de resolver questões de coração, rompimentos, traições e reconciliações.
Uma característica única de Maria Padilha é seu apego ao mundo material. Ela é conhecida por gostar de presentes e oferendas que refletem beleza e luxo, como rosas vermelhas, cidra, perfumes e joias. Em suas incorporações, Maria Padilha frequentemente adota uma postura sedutora, mas seu poder vai além da aparência física. Ela trabalha ao lado de Exus, mas mantém uma identidade própria, sendo uma entidade feminina que exerce controle e autoridade, especialmente sobre questões que envolvem relações afetivas e sexuais.
Oferenda a Maria Padilha
Ingredientes, Modo de Preparo e Consagração
Uma oferenda bem preparada para Maria Padilha pode ser uma maneira poderosa de atrair sua atenção e obter sua ajuda nos mais variados assuntos. Abaixo, descrevemos uma oferenda clássica para atrair o amor e abrir caminhos.
Ingredientes
- 7 rosas vermelhas sem espinhos
- 1 garrafa de cidra (ou champanhe)
- 7 velas vermelhas
- Mel
- Pétalas de rosa
- Perfume de sua preferência
- 1 prato de porcelana branco
- Fita vermelha
Modo de Preparo
- No prato de porcelana, arrume as 7 rosas em formato circular.
- No centro, coloque um pouco de mel, espalhando com cuidado.
- Ao redor das rosas, despeje pétalas de rosa e perfume.
- Enrole a fita vermelha ao redor do prato, formando um laço.
- Abra a garrafa de cidra e sirva uma pequena porção no prato, deixando o restante ao lado da oferenda.
Consagração
Após preparar a oferenda, consagre-a a Maria Padilha. Para isso, acenda as 7 velas ao redor do prato e faça uma oração de devoção a ela, pedindo por sua intercessão. Deixe a oferenda consagrada por 7 dias em um local tranquilo, onde ninguém a incomode.
Onde Despachar
Após o período de consagração, leve a oferenda a um cruzeiro ou encruzilhada, que são locais sagrados para Maria Padilha. Despache a oferenda com respeito, agradecendo à Pomba Gira por sua ajuda e proteção.

Maria Padilha na Umbanda, Quimbanda e Candomblé
O Papel de Maria Padilha nas Religiões Afro-brasileiras
Maria Padilha tem uma presença marcante nas três principais religiões afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Na Umbanda, ela é uma entidade de luz, que trabalha para guiar aqueles que precisam de auxílio nos caminhos amorosos e espirituais. Ela é chamada para resolver problemas de ordem emocional, trazendo conforto, proteção e solução para as angústias do coração. Na Quimbanda, ela é uma entidade que lida com os mistérios da noite e da escuridão, atuando nos desejos e nas demandas mais intensas, como vinganças e amarrações amorosas. Já no Candomblé, Maria Padilha é menos presente, mas sua força é reconhecida por sua conexão com o poder feminino e a sensualidade.
Seu objetivo principal nas religiões afro-brasileiras é ajudar a equilibrar as energias de seus consulentes, oferecendo orientação espiritual, soluções para problemas amorosos e força para enfrentar desafios. Ela também é vista como uma entidade que auxilia na busca por justiça, principalmente quando se trata de questões relacionadas a traições e desilusões amorosas.
Oração Poderosa a Maria Padilha
Conecte-se com a Rainha dos Encantamentos
“Salve Maria Padilha das Almas!
Rainha dos Sete Cruzeiros, senhora dos caminhos e das encruzilhadas,
Tu que tens o poder sobre o amor, sobre os corações e desejos,
Vem a mim e ouve o meu pedido.
Traz para minha vida o amor verdadeiro, a paixão ardente e a justiça necessária.
Com tua força e sabedoria, abre os caminhos do meu coração,
Desfaz as amarras e quebra todas as barreiras.
Rainha Padilha, senhora do fogo e da magia,
Eu te chamo, eu te invoco,
Atende ao meu pedido e faz de mim um(a) vencedor(a) no amor.
Assim seja!”
Com essa oração, Maria Padilha pode ser invocada para trazer ajuda em questões amorosas ou em momentos de necessidade emocional. Sua presença é forte e sua energia, poderosa, pronta para auxiliar aqueles que a procuram com fé e devoção.
4 Comentários
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